Sábado, 30 de Julho de 2005

- Independência nacional em perigo

Governo actual, um perigo para a independência nacional

SECA, um problema que afecta de forma sem precedentes
a Espanha – que veio pedir água ao nosso País. Dizem que somos
pobres, então agora, masoquistas dos governantes portugueses, toca de
desviar recursos...

O ministro português do Ambiente diz que a Espanha "não tem uma
máquina de fazer chuva". Pois, nem Portugal... São tão bons a defender
a Espanha... O que é que lhes fazem, já sei, têm os hipnotizadores,
metem-nos em transe para ficarem assim!!! Acho que foi o que se passou
ao CARLOS CÉSAR, todo babado, quase que ajoelhado a dizer que os
açorianos são tão descendentes de portugueses como de espanhóis. Ai que
isto merece resposta, mas é da grossa!!!

A governante espanhola acrescenta que até agora as águas espanholas
corriam para Portugal e "espera agora que possa haver um fluxo
contrário". Um fluxo contrário... O gozo deles é tal que podem estar à
vontade connosco, pedem e nós está bem!!! Toma lá, toma lá, toma lá
(não dá cá nada que nisto reciprocidade não existe)

Sobre os transvazes espanhóis do Tejo para o Segura, o ministro diz
que essa possibilidade está prevista num convénio de 1969 e é "um
direito de Espanha". Lá estão a defendê-los!!! Defendam-nos!!! Não se
esqueçam de nós - Os PORTUGUESES, sim, ainda cá estamos, à espera que
se lembrem da nossa existência. Bem, os manuais deles, especificamente
impressos em Madrid, já devem dar como extinto o POVO PORTUGUÊS! Será
possível, digam-me que isto não está a acontecer. O que se segue... Há
que impedi-lo...

A ministra espanhola, Cristina Narbona Ruiz, afirma que,
por "solidariedade e responsabilidade de Espanha para com Portugal...

Não precisamos da vossa responsabilidade, já cá estávamos antes de
vocês terem nascido.

um português preocupado
 










Olivença é Portuguesa editou às 19:51

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Quinta-feira, 28 de Julho de 2005

- Galegos defendem uma Olivença Portuguesa

Galegos defendem uma Olivença Portuguesa



«Os problemas ibéricos são três, no que respeita a problemas internos: A
remodelação do estado espanhol, reavendo-se Gibraltar. A integração do
estado português, pela reintegração de Albuquerque e Olivença, e a anexação
da Galiza. A Aliança Ibérica, como defesa do comum solo espiritual, invadido
culturalmente pela França, e dividido territorialmente pela política da
Inglaterra.»


Do mesmo modo que do lado de cá do Rio Minho vai despertando a consciência
nacional sobre o problema fronteiriço de Olivença, também do lado de lá se
vão ouvindo algumas vozes em defesa dos direitos portugueses sobre os 750
Km² que a Espanha mantém ilegalmente ocupados.
As duas margens do território Galaico-Português, acidentalmente separadas
pela história, pelo menos até ao momento, começam a estar irmanadas num
ideal comum - a reincorporação de Olivença nas fronteiras do Estado
Português, a que se junta um outro ideal desejado por um crescente número de
galegos: a reintegração da Galiza num Estado Lusófono, processo ansiado, por
uns, numa perspectiva essencialmente cultural e linguística e idealizado,
por outros, na plenitude da sua dimensão política e territorial.
O apoio concedido pelos nacionalistas galegos à retrocessão de Olivença a
Portugal foi claramente expresso no recente «Manifesto Nacionalista
Galaico-Português». Num vasto conjunto de princípios enunciados ao redor da
unidade entre a Galiza e Portugal, afirmava-se no artigo 3º:

«Não somos contra a Espanha ou contra Castela, embora seja a elas que
reivindicamos a nossa identidade e o respeito que lhe devem, incluindo,
sendo caso disso, a devolução de Olivença, conforme estipulam os convénios
internacionais. De resto, achamos necessário que as nações da Península,
dentro do respeito mútuo, superem velhas desconfianças e visem antes a ideia
de um maior conhecimento e de uma colaboração interpeninsular.»

No final do passado mês de Setembro, pondo em paralelo a situação da Galiza
e de Olivença, Ângelo Brea, Secretário das Irmandades da Fala da Galiza e
Portugal, afirmou, no âmbito do II Congresso Internacional da Literatura
Lusófona, realizado em Santiago de Compostela, esta frase lapidar:

«A Galiza é uma imensa Olivença perdida para o Castelhano, quando quer ser
lusófona.» Bieito Seivane Tápia, um dos mais acérrimos defensores do
reintegracionismo galego, ousou defender os direitos portugueses sobre
Olivença, fazendo publicar, a 4 de Maio do ano passado, no periódico de
Ourense, La Región, um artigo redigido na sua língua materna, mas com a
ortografia em Português. Não só desafiou as autoridades castelhanas que
recorrem a todos os métodos para eliminar os opositores ao pretenso estado
unitário espanhol, como expressou a sua determinação na defesa da língua
galaico-portuguesa, alvo da mais bárbara repressão perpetrada pela Junta da
Galiza a soldo das autoridades de Madrid no sentido de sujeitar a escrita do
galego às normas ortográficas castelhanas, com vista a extirpar, no futuro,
a identidade do verdadeiro povo irmão de Além-Minho.
Como preito de homenagem, transcrevemos aqui o seu texto, escrito em Galego
tal qual se fala, mas com a ortografia portuguesa, conforme defendem, hoje,
os reintegracionistas, que têm entre as suas aspirações a sujeição do Galego
ao nosso famigerado Acordo Ortográfico e a inclusão da Galiza na Comunidade
de Estados de Língua Portuguesa, à qual deve pertencer, de pleno direito, o
Território de Olivença:

«É de justiça histórica lembrar algumha vez o caso de Olivença, a notável
vila do Alentejo, hoje inclusa administrativamente na provincia de Badajoz.
Foi conquistada aos mouros por don Afonso Henriques, o primeiro rei de
Portugal; e já no Tratado de Alcanizes, assinado entre Portugal e Espanha no
ano 1297, era reconhecida a soberania portuguesa sobre essa cidade.
Porém, um mal dia de 1801, os exércitos espanhóis açulados polas pressões
francesas atacarom Portugal: foi umha curta guerra conhecida como Guerra das
Laranjas. Apesar de que nela mais umha vez Portugal preservou a sua
integridade territorial, houvo umha excepçom: a entranhável vila alentejana
de Olivença, que passou à posse espanhola.
Até hoje, em contra de todo e qualquer direito internacional e das próprias
(e repetidas) promessas dos governos espanhóis (já formuladas no Congresso
de Viena de 1815), Olivença nom foi devolta a Portugal. E se ainda ali nom
se perdeu a nossa língua e cultura comúns, tem sido mercê dos esforços
generosos de minorias que, agrupadas em associações culturais, tenhem
conseguido pressionar até fazer que nas escolas de Olivença o nosso idioma
se estude, ainda que seja só como segunda língua.
É bom lembrar isto embora seja só para reflectir sobre a pouca coerência dos
sucessivos governos espanhóis que, umha e outra vez, reivindicam os seus
direitos sobre Gibraltar utilizando os mesmos argumentos que preferem
ignorar quando é a cidade de Olivença e os legítimos direitos de Portugal os
que estám em causa.»

O facto de existirem galegos a defender os direitos portugueses sobre
Olivença, deve merecer a reflexão dos portugueses de Aquém-Minho que, nas
últimas décadas, tão frouxos se têm mostrado na defesa dos seus interesses e
na afirmação dos seus direitos. Se a Galiza se assemelha a uma grande
Olivença ainda irredenta para a galaico-portugalidade, a minagem de todas as
nossas estruturas, por interesses e maquiavélicos planos castelhanos, deve
deixar-nos bem alerta para a crescente oliventização de todo o nosso país.
E, então, talvez Olivença tenha sido apenas um primeiro passo de um projecto
mais vasto de uma península onde só há lugar para os fatídicos desígnios dos
pérfidos poderes de Madrid e onde Portugal seja apenas ténue lembrança de
uma «ilógica realidade histórica» que acidentalmente existiu durante mais de
oito séculos.


 



















Olivença é Portuguesa editou às 20:36

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Domingo, 24 de Julho de 2005

- Breve história de Olivença

Breve História de Olivença
Data Acontecimento
1297 Tratado de Alcanizes, celebrado entre D. Dinis e D. Fernando IV de Castela. Olivença integra-se definitivamente no território português.
1298 Foral de Olivença, pelo rei D. Dinis. Construção de novas muralhas.
1488 D. João II manda construir a Torre de Menagem de Olivença.
1510 Foral Manuelino de Olivença. Novas obras de fortificação. Construção da Ponte de Olivença, ligando Elvas àquela localidade. Iniciada a construção da Igreja da Madalena, sede do bispado de Ceuta, durante o reinado de D. Manuel I.
1580 União Dinástica entre Portugal e Espanha.
1640 Restauração da Independência Portuguesa.
1668 Tratado de Paz entre a Espanha e Portugal, pondo fim às Guerras da Restauração. Portugal mantém as suas fronteiras definidas pelo Tratado de Alcanizes.
1709 Guerra de Sucessão de Espanha. A Ponte de Olivença é destruída por forças espanholas.
1801

29 de Janeiro: A Espanha e a França assinam um tratado de invasão de Portugal para obrigar o nosso país a abandonar a Aliança Luso-Britânica e fechar os seus portos à navegação da Grã-Bretanha.

27 de Fevereiro: A Espanha declara guerra a Portugal.
20 de Maio: As tropas espanholas violam a fronteira do Alentejo, ocupando Olivença, Juromenha e, alguns dias depois, Campo Maior.
6 de Junho: Tratado de Paz de Badajoz celebrado entre Portugal, por uma parte, e a Espanha e a França, pela outra parte. Por este tratado, assinado perante a ameaça de invasão das tropas francesas estacionadas em Ciudad Rodrigo, Portugal:
  • cedia Olivença à Espanha;
  • fechava os portos aos navios britânicos;
  • pagava à França uma indemnização de 15 milhões de libras tornesas; e
  • aceitava as fronteiras da Guiana até à foz do Rio Arawani.

O Tratado de Badajoz estipulava que a violação de qualquer dos seus artigos conduziria à sua anulação, o que veio a suceder com os acontecimentos de 1807.

1807 27 de Outubro: Tratado de Fontainbleau, assinado entre a Espanha e a França, pelo qual se previa a ocupação de Portugal e a sua divisão em três partes: a Província de Entre Douro-e-Minho para o Rei da Etrúria, o Principado dos Algarves para o ministro espanhol D. Manuel Godoy, sendo as restantes províncias e territórios ultramarinos repartidos por um acordo futuro.
Novembro: Início da ocupação de Portugal pelas forças Espanholas e Francesas. Família Real Portuguesa transfere o governo para o Brasil. Assinando o Tratado de Fontainbleau e invadindo Portugal, a Espanha provoca a anulação do Tratado de Paz de Badajoz, perdendo os direitos que poderia ter adquirido sobre Olivença.
1808 O Príncipe Regente D. João publica, no Rio de Janeiro, um manifesto em que é repudiado o Tratado de Badajoz, anulado pela invasão de 1807.
1809 Pedido oficial de reentrega do Território de Olivença de Portugal à Junta Central, em Sevilha.
1810 19 de Fevereiro: Tratado de aliança e amizade Luso-Britânico. A Grã-Bretanha compromete-se a auxiliar Portugal a recuperar Olivença, recebendo em troca a exploração, por 50 anos, dos estabelecimentos de Bissau e Cacheu.
Portugal negoceia a restituição de Olivença com o Conselho da Regência de Espanha.
1811 15 de Abril: Forças portuguesas ocupam militarmente Olivença. O Marechal Beresford, oficial britânico e general em chefe do exército português, mandou reentregar Olivença às autoridades espanholas, provavelmente para a Grã-Bretanha não perder as vantagens que retiraria do tratado luso-britânico de 1810.
1814 O Tratado de Paris, pelo artigo 3.º dos adicionais, declara nulos e de nenhum valor os Tratados de Badajoz e de Madrid de 1801.
1815 Pela Acta Final do Congresso de Viena, através do seu artigo 105.º, são reconhecidos os direitos portugueses ao Território de Olivença.
1817 A Espanha assina o Tratado de Viena, «reconhecendo a justiça das reclamações formuladas por Sua Alteza Real, o Príncipe Regente de Portugal e do Brasil, sobre a vila de Olivença e os outros territórios cedidos à Espanha pelo Tratado de Badajoz de 1801» e comprometendo-se a efectuar «os seus mais eficazes esforços a fim de que se efectue a retrocessão dos ditos territórios a favor de Portugal» o que deveria «ter lugar o mais brevemente possível.»
1818 Litígio territorial entre Portugal e Espanha na América do Sul. Redigida proposta de tratado pelo qual a Espanha aceitava a devolução de Olivença.
1840 A Língua Portuguesa é proibida no Território de Olivença, incluindo nas igrejas.
1858 Título de Cidade concedido a Olivença por Isabel II de Espanha.
1864 Assinado um convénio entre Portugal e Espanha, demarcando a fronteira desde a foz do Rio Minho até à confluência do Caia com o Guadiana, não se prosseguindo a definição dos limites territoriais por causa da Questão de Olivença.
1903 O Rei D. Carlos solicita ao monarca espanhol que seja feita justiça no Litígio de Olivença.
1918-19 Fim da 1.ª Grande Guerra. O Governo Português estuda a possibilidade de levar a Questão de Olivença à Conferência de Paz, o que não foi possível uma vez que a Espanha não participara no conflito mundial.
1926 Celebrado um acordo entre Portugal e Espanha para a demarcação da fronteira desde a foz do Rio Cuncos até à foz do Guadiana. Ficou por demarcar, até hoje, a fronteira entre Portugal e Espanha, desde a foz do Rio Caia até à foz do Rio Cuncos, devido ao Problema de Olivença.
1936-39 Guerra Civil Espanhola. O Regimento de Caçadores 8, estacionado em Elvas, esteve pronto para tomar Olivença, sendo impedido pelos superiores hierárquicos. Um grupo de legionários portugueses teve o mesmo propósito.
1944-45 Criação em Lisboa do Grupo dos Amigos de Olivença (GAO).
1952 Na Comissão Internacional de Limites, Portugal reclama a posse do Território de Olivença.
1965 O General Humberto Delgado (presidente da Assembleia Geral do GAO) é assassinado junto à Ribeira de Olivença, pensando-se que o seu corpo tenha passado na povoação de Olivença a caminho de Vilanueva del Fresno, onde foi abandonado.
1968 Assinado um convénio entre Portugal e Espanha, garantindo a posse das duas margens do Guadiana para o nosso país, desde a confluência do Caia até Mourão, mantendo Portugal as suas reivindicações sobre o Território de Olivença.
1974 Um jurisconsulto espanhol da Comissão Internacional de Limites reconheceu os direitos que Portugal possui para reclamar Olivença.
1990-94 Questão da reconstrução da Ponte de Olivença. É assinado um convénio entre Portugal e Espanha para a reconstrução da Ponte de Olivença, a empreender conjuntamente pelos dois países. O projecto de Reconstrução é posteriormente bloqueado porque «o Estado português não se pode envolver em nenhum projecto que envolva o reconhecimento do traçado da fronteira num local em que não há consenso quanto a ela». A reconstrução acabou por ser feita apenas por Portugal, e na inauguração não esteve presente nenhum representante do Governo central Português.

Olivença é Portuguesa, à luz do Direito Internacional e da História.

Colaboradores Base para o texto: Grupo dos Amigos de Olivença
Outras Páginas Portugal de Luto por Olivença
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Olivença é Portuguesa editou às 21:48

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Quinta-feira, 21 de Julho de 2005

Olivença, Portugal a conquistou aos mouros

Olivença


Portugal a conquistou
aos Mouros




( CRER E QUERER PARA VENCER )

Quando os Templários portugueses em
1228 trouxeram Olivença, por conquista aos Mouros, para convívio lusitano,
estava bem longe de admitir que esse território se tornaria, a trecho, ponto
de divergência diplomática capaz de impedir o natural reconhecimento de
limites por parte do Estado português numa questão que a Comissão de Limites
Luso-Castelhana, reunida em Lisboa em 1952, deixou em aberto "para que seja
resolvida amigavelmente pelos dois países".
É já longa a história do diferendo, durante os 194 anos que ele dura, e a
sua exacta configuração nem sempre é conhecida dos políticos que têm
constituído os governos dos dois. países da Península. Talvez porque o termo
e a vila de Olivença são uma região com fraco significado económico e já não
contém valor estratégico reconhecido, Portugal não o tem reclamado pelo que,
ao invés do que ocorre com Gibraltar, tem vindo o decair no mais completo,
rotineiro e cómodo esquecimento oficial.

Mas para quem esse esquecimento não se oficializa é para o Grupo dos Amigos
de Olivença que esta semana celebra meio século de existência, como
agremiação, com uma entusiástica actividade em prol da recuperação dos
seiscentos quilómetros quadrados de ex-Alentejo.

Para eles o histórico diferendo é uma questão linear e não tem segredos.
Conhecem todos os minutos de vida da região desde a sua inclusão na Coroa
por conquista e sua incorporação por via dos tratados, dos quais não ignoram
um único artigo que seja. A perda de Olivença, na súbita invasão
franco-espanhola na campanha de 1801, que mereceu a mavórtica denominação de
"Guerra das Laranjas", a qual retira ao acto guerreiro todo o carácter
belicista do recontro, mais a não entrega do território que o Tratado de
Viena consagrou, em 1815, fazem da região oliventina o motivo para uma
grande mágoa nacional e a razão de ser do Grupo dos Amigos de Olivença.

Há cinquenta anos nascia o movimento que abria de novo uma porta à secular
existência da retrocessão incondicional desse território perdido, acção que
desde logo cativou o segmento dos irredentistas portugueses. Como o seu
aparecimento na ribalta do contencioso não foi de geração espontânea, resta
procurar as raízes na pré-história do grupo.

Em plena guerra civil de Espanha. corria o ano de l937, o memorial dos
Restauradores foi pela primeira vez nesse, l.° de Dezembro, alvo de
particular tipo de decoração feita em cartazes cujas legendas saudavam
Olivença como território português administrado por Espanha.

Em torno deste acontecimento cresceu um movimento de opinião com o fim de
contrariar a ideia de que Olivença não era portuguesa. No Porto, o Prof.
Eleutério Cerdeira, Manuel Rodrigues da Conceição, Comandante Cameira e
Veríssimo Alves Moreira encabeçavam a campanha enquanto em Lisboa o
oliventino Ventura Ledesma Abrantes agitava outro grupo de irreverentes.

A tradicional aposição de um dístico "Saudemos Olivença" no monumento dos
Restauradores na data que os consagra, passou a ser legal no dia em que
Ventura Abrantes e o então tenente-aviador Humberto Delgado solicitaram
autorização oficial para o fazer: As personalidades que os secundavam nesse
acto eram, invariavelmente. Francisco Velez Conchincha, Jacinto Fernandes
Palma e o engenheiro João Roma.

O movimento ganhou novos aderentes, elementos interessados na divulgação da
questão oliventina, uma causa pela qual se haviam já batido. muito
particularmente, o duque de Palmela, Solano Constâncio e Estácio da Veiga,
no século passado.

Em 1914. o deputado Ramos da Costa fez uma dura interpelação ao governo de
então sobre a necessidade de ser reivindicada Olivença, o que levaria mais
tarde Afonso Costa, presente no Tratado de Paz de Versailles, a pedir ao
diplomata Teixeira Sampaio que lhe organizasse um dossier para colocar aos
conferentes, no qual se forçava a linha-mestra do contencioso. Também
Bernardino Machado se insurgiu em plena Assembleia contra a passividade com
que os governos tratavam a questão.

Tão afincado amor por uma nesga de terra levou a que em 15 de Agosto se
fundasse a Sociedade Pró-Olivença projecto reinvidicativo a que se juntaram
Octávio Rodrigues de Campos, Flório José de Oliveira, Virgílio Baião,
Rodolfo Santa Roxo, Atalaião, Rui de Andrade, capitão Passos e Sousa, Amadeu
Rodrigues Pires, Francisco de Sousa Lamy, Odorico Simões e Saul Horácio
Ventura, sendo impossível referir todos os que então se sentiram atraídos
pela questão que envolve umas centenas de quilómetros quadrados e que, corre
tese, não se troca por nada.

Fixou-se sede na Rua Victor Cordon, n.° 31 2.°.
Por essa altura a imprensa veiculou as pretensões da sociedade em artigos
que o Dr. Hipólito Raposo subscreveu.
Essa primeira agremiação nunca viria a ser legalizada e terminou a
actividade ao fim de pouco tempo.
A maioria dos associados reunia-se regularmente em almoços no Hotel das
Nações. Assim, Olivença continuou a ser tema de conversa e de preocupação.

Foi exactamente num almoço da Rua do Arco do Bandeira. que reunia tanto
situacionistas como opositores ao regime, que nasceu de novo a ideia de
criar um grupo de pressão que, rejeitando processos violentos sensibilizasse
os governantes para a necessidade e por ser hora de se tomar uma posição
sobre o conflito que se arrastava.

Foi em 2l de Novembro de l945, pelas 14 horas que tomaram posse os elementos
que constituíram a Comissão Directiva do recém-criado "Grupo dos Amigos de
Olivença".
Tomada como sede provisória a Casa do Alentejo, elaboraram-se os estatutos e
procedeu-se à legalização da instituição.
Era então governador civil de Lisboa o capitão de Mar e Guerra Nuno de Brion,
A 19 de Outubro de l946 foi-lhe feita a entrega do requerimento e dos
estatutos. A Direcção Administrativa Política e Civil do Ministério do
Interior apreciou-os. Subiram à Secretaria da Presidência do Concelho e
entraram em ciclo-vicioso do qual jamais sairia a desejada legalização.

Salazar nunca permitiu a aprovação dos estatutos embora, com uma certa
"frieza cavalheiresca", tolerasse a actividade da associação mas com algumas
reservas. Santos Costa foi pior. Enquanto ministro da Defesa, militar que
ele soubesse pertencer aos "Amigos de Olivença" passava-o compulsivamente à
reserva.

A linguagem anticolonialista dos elementos do grupo, alertando para o facto
de haver uma colónia na Europa, administrada pela Espanha, assustou Salazar.
Aceitar as razões do grupo significava um risco que não queria correr uma
vez que punha em perigo a sua política colonial. A denúncia de uma situação
de colonização com repressão cultural e linguística à mistura era factor de
incomodidade para o Estado Novo. Pois essa denúncia foi sempre feita pelos "
Amigos de Olivença". O presidente do Conselho criou um ambiente de
isolamento em torno do grupo que continuou a desenvolver uma intensa
actividade para a formação de uma consciência nacional sobre a questão
oliventina embora reconhecendo que as perspectivas políticas para resolução
do conflito eram pouco animadoras.

Depois de anos de disputa pela sua existência, a posição intransigente dos
associados enfraqueceu pelo cansaço e pela idade da maioria dos elementos
ficando a actividade do grupo reduzida ao simbólico colocar de flores no
monumento dos Restauradores em cada 1.º de Dezembro. A chama da
reivindicação empalideceu mas não se extinguiu.

Pela sua direcção nessa primeira fase da vida do grupo passaram nomes como
os de Ventura Abrantes, Prof. Queirós Veloso, duque de Palmela, Ramos e
Costa, Hemâni Cidade, Paulo Caratão Soromenho e tantas figuras da
intelectualidade portuguesa. Serviram-no homens como Humberto Delgado, Matos
Sequeira, Sidónio Muralha, conde de Almada, Veiga de Macedo, João Pereira da
Rosa, Tomé Feteira, Moses Amzalack e tantos outros e mais proximamente
Mascarenhas Barreto, Em 1994 reiniciaram-se as actividades sendo fortemente
impulsionadas pelo conhecimento de existir um projecto de reconstrução da
Ponte da Ajuda. A Comissão de Limites (do Ministério dos Negócios
Estrangeiros) e personalidades do governo foram contactados por elementos
directivos no sentido de se dever assumir na globalidade a despesa da
reconstrução da ponte a fim de que não se extingam os argumentos para
reinvidicar a praça.

Foi uma oportunidade mais para ampla divulgação do contencioso fronteiriço.
A Faculdade de Direito de Lisboa, sensibilizada pela questão, correspondeu
com a organização de um debate que focou o aspecto jurídico da questão de
Olivença apreciando os tratados à luz do Direito Internacional. Nos seus
cinquenta anos de existência o Grupo dos Amigos de Olivença tem como metas
conseguir sede própria a fim de dar corpo ao projecto de criação de um
Centro de Estudos Oliventinos. Prosseguir, exigindo que os mapas oficiais de
Portugal continuem a configurar a irregularidade de Olivença. Encorajar as
entidades oficiais, políticos e govemantes a adoptar uma posição de firmeza
em relação à anexação daquele território, há 194 anos administrado por
Espanha.







































Olivença é Portuguesa editou às 17:44

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Segunda-feira, 18 de Julho de 2005

- Herois e Traidores

Viriato e a Lusitânia


(Clique na imagem para aumentar)


Algumas das principais campanhas de Viriato, contra os Romanos, na Península
Ibérica. Os Romanos dominavam então a área apresentada a vermelho.

"...Sucedeu o pastor Viriato, natural de Lobriga, hoje a vila de 
Loriga, no
cimo na Serra da Estrela, Bispado de Coimbra; ao qual, tendo quarenta anos de
idade, aclamaram Rei dos Lusitanos e casou em Évora com uma nobre Senhora,
no
ano 147.
Prendeu em batalha, ao Pretor romano Caio Vetílio e lhe degolou 4000
soldados; a Caio Lucitor, daí a uns dias, matou 6000.
Ao capitão Caio Plaucio ,matou Viriato mais de 4000 junto de
Toledo. Reforçou-se o dito capitão, e dando batalha junto de Évora, prendeu
4000 soldados.
No ano 146,o Pretor Cláudio Unimano lhe deu batalha e de todo foi destruído
por Viriato, que repartiu os despojos pelos soldados, pondo nos montes mais
altos da Lusitânia, os estandartes romanos..."
(Página do livro manuscrito História da Lusitânia, do Bispo Mor do
Reino,1580,"traduzida" do português arcaico para o actual)
 



-Algumas citações de alguns dos mais importantes antigos historiadores
romanos:
*** -"Viriato, um lusitano de nascimento, sendo pastor desde criança nas altas
montanhas*,foi para todos os Romanos motivo do maior terror. A princípio
armando emboscadas, depois devastando províncias, por último vencendo, pondo em
fuga, subjugando exércitos de Pretores, e Cônsules romanos."(Orósio(5.4.1)
*** -"Viriato, nascido e criado nas mais altas montanhas* da Lusitânia,
onde
foi pastor desde criança, conseguiu reunir o apoio de todo o seu povo para
sacudir o jugo romano e fundar uma grande nação livre na
Hispânia"(Floro(1.33)
*** -"...Este Viriato era originário dos Lusitanos...Sendo pastor desde
criança, estava habituado a uma vida dura nas altas montanhas*...Famoso entre
as populações, foi por eles escolhido como chefe...(Diodoro
Sículo(33.1.1-4)....
*Hermínius, actual Serra da Estrela
 



-Todos os grandes historiadores, começando pelos romanos antigos, elogiam as
grandes qualidades de Viriato. Nelas se destacam, a inteligência, o
humanismo, a
capacidade de liderança, e a sua grande visão de estratega militar e
político. A este grande homem, que liderou os Lusitanos, antepassados dos
portugueses, os romanos só conseguiram vencer recorrendo à vergonhosa traição
cobarde. Este homem, tal como outros que ficaram na história, tinha origens
humildes, provando-se na época, tal como hoje, que as capacidades individuais
não dependem do estrato social, nem das habilitações académicas.
Viriato, era apenas um pastor, habituado desde criança a percorrer as
montanhas dos Herminius (actual Serra da Estrela),onde nasceu, e que conhecia
como as palmas das suas mãos, inclusive as povoações lusitanas da serra. A
Lobriga, sua terra-natal, um povoado fortificado situado estrategicamente
próximo do ponto mais alto da serra, os romanos puseram o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira).
 



- Os Romanos chamaram Lorica, nome de antiga couraça guerreira (LORICA
LUSITANORUM CASTRUM EST),à povoação lusitana, fortificada, de Lobriga, nome de
evidente etimologia céltica. O nome Lorica foi escolhido devido à sua posição
estratégica no coração dos Herminius, e ao papel desempenhado durante a
resistência contra os invasores romanos numa serra que era a maior fortaleza
lusitana. Do latim, Lorica, derivou Loriga,com o mesmo significado, e esta
derivação do nome latino começou a ser usada pelos Visigodos. Um caso raro de
um nome que se mantém praticamente inalterado há dois mil anos, sendo
altamente significativo da história e da antiguidade da povoação (por isso,
a
couraça é a peça central do brasão histórico da vila).
Loriga, existe há mais de vinte e seis séculos, e a povoação foi fundada
estrategicamente e originalmente no alto de uma colina, entre duas ribeiras,
na área onde hoje existe o centro histórico da vila. A rua principal da área
mais antiga do centro histórico da vila tem o nome de Viriato em sua
homenagem. Exactamente na área onde, há mais de dois mil e seiscentos
anos, foram feitas as primeiras habitações pelos antepassados dos loricenses.

Da época pré-romana existe, por exemplo, uma sepultura antropomórfica, num
local onde existiu um antigo santuário.
Existem ainda troços da estrada romana, e uma das duas pontes (sec.I a.C.) com
que os Romanos ligaram Lorica ao restante império. Esta estrada ligava Lorica
a Egitânia (Idanha-a-Velha),Talabara (Alpedrinha),Sellium (Tomar),Scallabis
(Santarém),Olisipo (Lisboa),e
a Longóbriga (Longróiva),Verurium (Viseu),Balatucelum (Bobadela),Conímbriga
(Condeixa-a-Velha)e
Aeminium (Coimbra).

Quando os Romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O
maior e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e a
parte superior da Rua de Viriato, e estava protegido por muros e paliçadas.
O
outro núcleo, constituído por poucas habitações, estava localizado junto de um
promontório rochoso onde hoje existe o Bairro de S.Ginês ( S.Gens ).
A vila de Loriga, recebeu forais de João Rhânia (senhorio das Terras de Loriga
no tempo de D.Afonso Henriques),e dos reis D.Afonso III, D.Afonso V, e
D.Manuel I,nos séculos XII,XIII,XV e XVI, respectivamente.
Eclesiaticamente, Loriga pertencia à Vigariaria do Padroado Real, sob a
dependência de Coimbra, e a Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria Maior, foi
mandada construir pelo rei D.Sancho II em 1233.Era um templo românico de
três naves e traça exterior semelhante à da Sé Velha de Coimbra. Foi
destruída pelo sismo de 1755.
O concelho de Loriga (actual Região de Loriga)incluíu a área onde hoje
existem as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da
Beira, Teixeira, Valezim, e Vide. Inicialmente, desde o século XII,até ao início
do século XIX,o Município Loricense, e até à inclusão de Valezim,não ia além
da Portela de Loriga.
Alvoco da Serra, que recebera foral no século XVI,foi reintegrado no Concelho
de Loriga no início do século XIX. Vide, que recebera foral no século XVII,foi
reintegrada no Município Loricense na mesma época.
A bela e histórica Loriga é uma vila industrial desde princípios do século
XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira
Interior, e só foi ultrapassada pela actual sede de concelho em meados do
século XX.O grande dinamismo dos loricenses ultrapassou até os maus
acessos, já que, durante mais de dois mil anos, e até à década de trinta do
século XX,a única estrada existente era a velhinha estrada romana.
Mas,o génio dos loricenses está também patente no que é um dos exlibris de
Loriga: Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação que são ainda a marca
inconfundível da paisagem loricense. Ao longo de centenas de anos,os
loricenses construíram aquela obra gigantesca, tranformando um vale belo mas
pedregoso, num vale fértil.
Loriga,tem enormes potencialidades turísticas, e as únicas pistas e estância
de esqui existentes em Portugal, estão localizadas em Loriga. Loriga, é a
capital da neve em Portugal.
As actuais sete freguesias do antigo Concelho de Loriga( incluindo a vila
),e as suas mais de trinta localidades anexas, constituem a Região de Loriga.

 


( Feita na vila de Loriga, no dia 08 de Setembro de 2002 )

extraído do site:
Loriga - Terra
de Viriato

 


   
Bandeira dos Lusitanos

 


Quando a península ibérica foi invadida pelos romanos,
os lusitanos da Serra da Estrela se opuseram à dominação. Resistiram
bravamente durante dez anos, liderados por Viriato, até que Roma envia
Cipião, que suborna três embaixadores do chefe luso - Audax, Ditalkon e
Minuros que, em 140 AC, o assassinam enquanto dormia.
 
Assim, décadas depois, em 61 AC, seria necessário o próprio Júlio César para
submeter os povos do noroeste, transformando a região numa província romana,
a Lusitânia.
A bandeira dos lusos, como se vê, é o que há de mais simples: um pano com o
desenho do animal símbolo.
A cor branca deve ter sido escolhida por acaso, sem intenção de querer
expressar algo.
Para os primitivos, as cores não representavam os grupos, ao invés, pelo
emblema - algum instrumento, vegetal, animal ou astro. O branco realçava o
dragão verde.
O dragão dos lusos pode ter esta pauta de ideias: os pés do leão significam
a fortaleza; as asas de águia, a sabedoria, a velocidade; a cauda da
serpente a astúcia, a estratégia, a vigilância.
 
O verde foi inspirado na exuberante natureza da Lusitânia. Cabe ressaltar
que o dragão é o elemento mais rico da simbologia.
 
Na batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, D João I, de Portugal,
derrotou decisivamente o Rei de Castela e garantiu a independência de
Portugal. Os cavaleiros da Ala dos Namorados, comandados pelo Condestável
Nuno Álvares Pereira lutavam sob uma bandeira verde como o velho dragão
lusitano.
 
O verde permanece na última bandeira portuguesa e na actual Bandeira do
Brasil.
 
Não há nenhum registro escrito com a forma correcta da Bandeira dos Lusos,
surgindo divergência entre os autores sobre a forma do dragão e seu
posicionamento na bandeira. A versão apresentada é a mais aceita.

 

extraído do site:
Academia militar das agulhas negras


 

Este artigo foge um pouco do nosso tema: Olivença, mas tem como
finalidade mostrar que descendemos de uma raça de heróis onde os
traidores só trouxeram desgraça.


 





































Olivença é Portuguesa editou às 23:51

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