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Algumas das principais campanhas de Viriato, contra os Romanos, na Península Ibérica. Os Romanos dominavam então a área apresentada a vermelho.
"...Sucedeu o pastor Viriato, natural de Lobriga, hoje a vila de Loriga, no cimo na Serra da Estrela, Bispado de Coimbra; ao qual, tendo quarenta anos de idade, aclamaram Rei dos Lusitanos e casou em Évora com uma nobre Senhora, no ano 147.
Prendeu em batalha, ao Pretor romano Caio Vetílio e lhe degolou 4000 soldados; a Caio Lucitor, daí a uns dias, matou 6000.
Ao capitão Caio Plaucio ,matou Viriato mais de 4000 junto de Toledo. Reforçou-se o dito capitão, e dando batalha junto de Évora, prendeu 4000 soldados.
No ano 146,o Pretor Cláudio Unimano lhe deu batalha e de todo foi destruído por Viriato, que repartiu os despojos pelos soldados, pondo nos montes mais altos da Lusitânia, os estandartes romanos..."
(Página do livro manuscrito História da Lusitânia, do Bispo Mor do Reino,1580,"traduzida" do português arcaico para o actual)
-Algumas citações de alguns dos mais importantes antigos historiadores romanos:
*** -"Viriato, um lusitano de nascimento, sendo pastor desde criança nas altas montanhas*,foi para todos os Romanos motivo do maior terror. A princípio armando emboscadas, depois devastando províncias, por último vencendo, pondo em fuga, subjugando exércitos de Pretores, e Cônsules romanos."(Orósio(5.4.1)
*** -"Viriato, nascido e criado nas mais altas montanhas* da Lusitânia, onde foi pastor desde criança, conseguiu reunir o apoio de todo o seu povo para sacudir o jugo romano e fundar uma grande nação livre na Hispânia"(Floro(1.33)
*** -"...Este Viriato era originário dos Lusitanos...Sendo pastor desde criança, estava habituado a uma vida dura nas altas montanhas*...Famoso entre as populações, foi por eles escolhido como chefe...(Diodoro Sículo(33.1.1-4)....
*Hermínius, actual Serra da Estrela
-Todos os grandes historiadores, começando pelos romanos antigos, elogiam as grandes qualidades de Viriato. Nelas se destacam, a inteligência, o humanismo, a capacidade de liderança, e a sua grande visão de estratega militar e político. A este grande homem, que liderou os Lusitanos, antepassados dos portugueses, os romanos só conseguiram vencer recorrendo à vergonhosa traição cobarde. Este homem, tal como outros que ficaram na história, tinha origens humildes, provando-se na época, tal como hoje, que as capacidades individuais não dependem do estrato social, nem das habilitações académicas.
Viriato, era apenas um pastor, habituado desde criança a percorrer as montanhas dos Herminius (actual Serra da Estrela),onde nasceu, e que conhecia como as palmas das suas mãos, inclusive as povoações lusitanas da serra. A Lobriga, sua terra-natal, um povoado fortificado situado estrategicamente próximo do ponto mais alto da serra, os romanos puseram o nome de Lorica (antiga couraça guerreira).
- Os Romanos chamaram Lorica, nome de antiga couraça guerreira (LORICA LUSITANORUM CASTRUM EST),à povoação lusitana, fortificada, de Lobriga, nome de evidente etimologia céltica. O nome Lorica foi escolhido devido à sua posição estratégica no coração dos Herminius, e ao papel desempenhado durante a resistência contra os invasores romanos numa serra que era a maior fortaleza lusitana. Do latim, Lorica, derivou Loriga,com o mesmo significado, e esta derivação do nome latino começou a ser usada pelos Visigodos. Um caso raro de um nome que se mantém praticamente inalterado há dois mil anos, sendo altamente significativo da história e da antiguidade da povoação (por isso, a couraça é a peça central do brasão histórico da vila).
Loriga, existe há mais de vinte e seis séculos, e a povoação foi fundada estrategicamente e originalmente no alto de uma colina, entre duas ribeiras, na área onde hoje existe o centro histórico da vila. A rua principal da área mais antiga do centro histórico da vila tem o nome de Viriato em sua homenagem. Exactamente na área onde, há mais de dois mil e seiscentos anos, foram feitas as primeiras habitações pelos antepassados dos loricenses.
Da época pré-romana existe, por exemplo, uma sepultura antropomórfica, num local onde existiu um antigo santuário.
Existem ainda troços da estrada romana, e uma das duas pontes (sec.I a.C.) com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império. Esta estrada ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha),Talabara (Alpedrinha),Sellium (Tomar),Scallabis (Santarém),Olisipo (Lisboa),e a Longóbriga (Longróiva),Verurium (Viseu),Balatucelum (Bobadela),Conímbriga (Condeixa-a-Velha)e Aeminium (Coimbra).
Quando os Romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois núcleos. O maior e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja Matriz e a parte superior da Rua de Viriato, e estava protegido por muros e paliçadas. O outro núcleo, constituído por poucas habitações, estava localizado junto de um promontório rochoso onde hoje existe o Bairro de S.Ginês ( S.Gens ).
A vila de Loriga, recebeu forais de João Rhânia (senhorio das Terras de Loriga no tempo de D.Afonso Henriques),e dos reis D.Afonso III, D.Afonso V, e D.Manuel I,nos séculos XII,XIII,XV e XVI, respectivamente.
Eclesiaticamente, Loriga pertencia à Vigariaria do Padroado Real, sob a dependência de Coimbra, e a Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria Maior, foi mandada construir pelo rei D.Sancho II em 1233.Era um templo românico de três naves e traça exterior semelhante à da Sé Velha de Coimbra. Foi destruída pelo sismo de 1755.
O concelho de Loriga (actual Região de Loriga)incluíu a área onde hoje existem as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da Beira, Teixeira, Valezim, e Vide. Inicialmente, desde o século XII,até ao início do século XIX,o Município Loricense, e até à inclusão de Valezim,não ia além da Portela de Loriga.
Alvoco da Serra, que recebera foral no século XVI,foi reintegrado no Concelho de Loriga no início do século XIX. Vide, que recebera foral no século XVII,foi reintegrada no Município Loricense na mesma época.
A bela e histórica Loriga é uma vila industrial desde princípios do século XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira Interior, e só foi ultrapassada pela actual sede de concelho em meados do século XX.O grande dinamismo dos loricenses ultrapassou até os maus acessos, já que, durante mais de dois mil anos, e até à década de trinta do século XX,a única estrada existente era a velhinha estrada romana.
Mas,o génio dos loricenses está também patente no que é um dos exlibris de Loriga: Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação que são ainda a marca inconfundível da paisagem loricense. Ao longo de centenas de anos,os loricenses construíram aquela obra gigantesca, tranformando um vale belo mas pedregoso, num vale fértil.
Loriga,tem enormes potencialidades turísticas, e as únicas pistas e estância de esqui existentes em Portugal, estão localizadas em Loriga. Loriga, é a capital da neve em Portugal.
As actuais sete freguesias do antigo Concelho de Loriga( incluindo a vila ),e as suas mais de trinta localidades anexas, constituem a Região de Loriga.
( Feita na vila de Loriga, no dia 08 de Setembro de 2002 )
extraído do site: Loriga - Terra de Viriato
Bandeira dos Lusitanos
Quando a península ibérica foi invadida pelos romanos, os lusitanos da Serra da Estrela se opuseram à dominação. Resistiram bravamente durante dez anos, liderados por Viriato, até que Roma envia Cipião, que suborna três embaixadores do chefe luso - Audax, Ditalkon e Minuros que, em 140 AC, o assassinam enquanto dormia.
Assim, décadas depois, em 61 AC, seria necessário o próprio Júlio César para submeter os povos do noroeste, transformando a região numa província romana, a Lusitânia.
A bandeira dos lusos, como se vê, é o que há de mais simples: um pano com o desenho do animal símbolo.
A cor branca deve ter sido escolhida por acaso, sem intenção de querer expressar algo.
Para os primitivos, as cores não representavam os grupos, ao invés, pelo emblema - algum instrumento, vegetal, animal ou astro. O branco realçava o dragão verde.
O dragão dos lusos pode ter esta pauta de ideias: os pés do leão significam a fortaleza; as asas de águia, a sabedoria, a velocidade; a cauda da serpente a astúcia, a estratégia, a vigilância.
O verde foi inspirado na exuberante natureza da Lusitânia. Cabe ressaltar que o dragão é o elemento mais rico da simbologia.
Na batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, D João I, de Portugal, derrotou decisivamente o Rei de Castela e garantiu a independência de Portugal. Os cavaleiros da Ala dos Namorados, comandados pelo Condestável Nuno Álvares Pereira lutavam sob uma bandeira verde como o velho dragão lusitano.
O verde permanece na última bandeira portuguesa e na actual Bandeira do Brasil.
Não há nenhum registro escrito com a forma correcta da Bandeira dos Lusos, surgindo divergência entre os autores sobre a forma do dragão e seu posicionamento na bandeira. A versão apresentada é a mais aceita.
extraído do site: Academia militar das agulhas negras
Este artigo foge um pouco do nosso tema: Olivença, mas tem como finalidade mostrar que descendemos de uma raça de heróis onde os traidores só trouxeram desgraça. |
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