Domingo, 15 de Janeiro de 2006

Espanha, existe?


Espanha, existe?






REVISTA "SÁBADO", 13-Janeiro-2006

Relatório minoritário

A ESPANHA EXISTE?

Nuno Rogeiro

Politólogo

(pág.46)

É assim a Espanha viável? Claro que sim, por agora. Portugal deve ajudar o vizinho a acabar o império com dignidade.



Os números sobre o espectacular crescimento económico espanhol são conhecidos. Os dados sobre o admirável equilíbrio governamental espanhol são conhecidos. As provas da pujança internacional das empresas espanholas são conhecidas. A potência global da Hispanidade é conhecida. A força militar de Espanha é conhecida.



Menos conhecida, ou menos falada, é a deterioração da "identidade nacional" espanhola, construída com o tempo, à base de engenho, violência, persuasão, ouro, inteligência e espada.
Veja-se o caso da dramatização em torno do Estatuto da Catalunha. O General José Mena Aguado, número dois do exército de terra, homem honrado e militar prestigiado, teve a coragem, a ousadia e, provavelmente, a insensatez, de advertir ( na presença do Rei ) que as forças armadas não poderiam ignorar o artigo 8º da Lei Fundamental ( onde se lhes comete a garantia da soberania, independência e unidade nacionais ), se o processo de Barcelona fosse demasiado longe, e chocasse com a Constituição de Espanha.
As declarações, feitas na "Pascua Militar" de Sevilha, levaram rapidamente Mena à prisão domiciliária.



Mas o chefe de estado-maior, Félix Sanz Roldán (JEMAD), acrescentou imediatamente que "um homem em uniforme não é um homem mudo". E as associações militares mais importantes (AME e AMARTE) protestaram contra a "ofensa" ao general preso. Talvez mais significativamente, 50 oficiais superiores enviaram uma carta à imprensa, salientando serem as palavras de aviso "um reflexo do sentir e das preocupações de muitos subordinados".



Claro que o PP, que devia ter juízo, veio imediatamente trazer o incidente para a pequena luta partidária, salientando que não se ouvia tanto barulho de espadas desde Tejero de Molina e a invasão das Cortes pela Benemérita.



A questão, muito simoles, é: tem o general razão de alarme?
Os factos são claros. O Parlamento catalão apresentou a "Proposta de Reforma do Estatuto de Autonomia", que afirma, no seu preâmbulo: "A Nação Catalã tem-se construído, ao longo do tempo, com a contribuição de energias de muitas gerações, de muitas tradições e culturas, que encontraram nela terra de acolhimento." Mais à frente se explica que se trata de recuperar o "direito inalienável de autogoverno".



A Catalunha passará a ter símbolos nacionais plenos, determina fronteiras e cidadania, e está representada em organizações internacionais. Tem um presidente e uma língua. Quanto a Zapatero,
que precisa de olhar pelas finanças, preocupa-se sobretudo com o avanço para a "autonomia fiscal", que, para Madrid, deverá ser "gradual".



É assim a Espanha viável? Claro que sim, por agora. Aliás, Portugal não pode viver de costas voltadas para ela: sabe-se lá o que é que pode acontecer. E,
claro, importa ajudar o vizinho a acabar o império com dignidade.


FIM















Olivença é Portuguesa editou às 10:21

link do post | comentar | favorito
10 comentários:
De Anónimo a 25 de Janeiro de 2006 às 23:54
" Juan Carlos " Se todos os portugueses pensassem como tu Portugal já não existia.Península Ibérica
(http://peninsulaiberica.blogs.sapo.pt/)
(mailto:nenhum@yahoo.com)
De magma a 12 de Abril de 2006 às 10:44
Está bom de ver que esse Juan Carlos ou é néscio ou é pró castelhano.Pelos vistos temos que ficar indiferentes perante a avalanche de resíduos de cótao do pijama de flanela com que intendem submergir-nos.Quer-me parecer que o cotão dele tem o nome de Euros com que acha ser possível alienar parcelas de nacionalidades que se fizeram no terçar do aço, no troar dos canhões,e no cheiro da pólvora.Coisa de somenos e até ridícula para quem não sente " la petite difference " entre portugueses e outros.Esquece o Juan Carlos que uma das regras da propriedade exige que esta seja por todos os modos exigida a todo o tempo e de todas as formas possíveis,inclusivé a violenta,sob pena de a razão se perder no tempo e na acção, por omissão. Se não sou suficientemente categórico sobre o que considero meu, como é que posso querer que os outros respeitem a minha propriedade? Abaixo a usurpação.Viva Portugal Inteiro!
De Anónimo a 25 de Janeiro de 2006 às 15:49
Discutir neste momento a ocupação de Olivença pelos vizinhos Espanhóis, equivale a discutir a ocupação do umbigo pelos resíduos de cotão do pijama de flanela. Visitem uma Multiópticas e comecem a preocupar-se com outros problemas bem mais reais que afligem Portugal e os Portugueses.Juan Carlos
</a>
(mailto:Juancarlos@hotmail.com)
De Anónimo a 18 de Janeiro de 2006 às 23:55

Espanhóis
Eu jamais direi algo que ofenda o governo madrileno depois da reintegração de Olivença ao território português. Porém, antes da devolução, farei o que for possível contra o governo madrileno, sem ofender as nações Ibéricas, Devolvam Olivença para terem o apoio dos portugueses , na consolidação da união espanhola, conforme o desejo do governo de Madri, que afastou o fantasma castelhano.ou o reduziu a 160 quilômetros quadrados
Eu gosto de opinar sobre tudo o que se apresenta no jornal de Olivença com a finalidade de ajudar o governo português, a recuperar esse território que nos foi tirado. Essa Olivença ,terra portuguesa, colonizada por Espanha, ou melhor, Castela, porque, na península Ibérica, não é só Olivença que é colonizada!. Essa Espanha, que é somente a Castela, agora está reduzida a uma área de 160 K2, para dar a impressão de que Castela é subordinada a Madri, como as demais regiões autônomas. Madri apagou Castela e abafou o idioma castelhano com pseudônimo – Espanha. Isso não é problema para os portugueses. .Um território de 160 k2 apenas, é melhor para convencer os inimigos de que não se trata do estado Castelhano colonizador. A área madrilena é aparentemente a compactação de todas a regiões autônomas. Essa compactação dá a impressão de união. Realmente é uma união de lideres que ali estão presentes para manter encadeadas as autonomias com elos forjados, muito resistentes. Para os portugueses, pouco importa saber como a Espanha se mantém Nós queremos Olivença ,com ou sem oliventinos.. Depois queremos que prevaleça a amizade e cooperação, entre todo o povo Ibérico.
bernardolopes@superig.com.br
bernardo lopes da Rocha
(http://lopesdarocha.blogs.sapo.pt)
(mailto:bernardolopes @superig.com.br)
De Anónimo a 17 de Janeiro de 2006 às 21:19
Sempre na luta. Um abraço.lumife
(http://bxalentejo.blogspot.com)
(mailto:lumife@sapo.pt)
De Luis Ramos a 23 de Julho de 2006 às 02:12
Esta gente es completamente imbecil!!!! a ver si trabajais por Portugal, que bien precisa en vez de estar escribiendo idioteces por aquí y perdiendo el tiempo.
A trabajar gandules, que sois unos gandules.
De Ramon Perez a 31 de Março de 2006 às 03:22
Que las personas de Olivenza no queremos ser portugueses ni a la fuerza.
Faltaría más!!! tenemos mucho orgullo en pertenecer a un gran pais como es España y no queremos nada con Portugal. A ver si os enterais de una vez y no hagais más el ridículo, por favor.
Ah!, y mismo que España se "desintegrase", cualquier región autónoma española es mayor y más rica que Portugal entero!!!!
De magma a 11 de Abril de 2006 às 23:56
Já não gosto de Espanha,pá!Não,pá, não posso! Como é que poderei gostar de um país que, cinicamente, mantém em sua posse uma terra que de " jure " é de Portugal? A isto chama-se roubo puro e simples!Roubo perpetrado por um país que aos 7 der Maio de 1807 reconheceu,preto no branco, perante a comunidade internacional, que Olivença é pertença de Portugal. Ora um país que compromete a sua honra num tal tratado e em 200 ( duzentos) anos ainda não cumpriu o assumido,como deverá ser classificado no seio das nações civilizadas? Um país sem honra! Um país que não é uma pessoa de bem.Um país que se comporta como um garoto a quem não se deve dar crédito algum,porque inconsequente!Será esta a imagem que os espanhóis pretendenm dar de si aos estrangeiros?País assim não merece sequer ser nomeado no seio das nações.Não é confiável.A reserva que tinha para La Manga vai ser cancelada, porque turismo em Espanha acabou.Só quando " crescer ", é que o estado espanhol poderá vir a ser uma das minhas preferências nas férias.Até lá...foge que é espanhol...!
De Lusitano a 14 de Outubro de 2007 às 12:08
Caro Ramon Perez, certamente você é espanhol, e está a falar dos espanhois que colunizaram Olivença.
Porque os Oliventinos nascidos debaixo da bandeira portuguesas a maioria já morreram ou foram mortos pelos vossos governos e seus descendentes serão certamente muito poucos.
De jose a 14 de Outubro de 2007 às 11:26
Vaya radicalismo de ideas. En cuanto a la legalidad o no de la soberanía creo que debería ser alguna instancia jurídica supranacional la que dictaminase al respecto. Lo tuyo es solo una opinión y por lo tanto comentarios despectivos e insultos sobre España sobran. Te animo a que presioneis a vuestro gobierno para que haga eso. Por otra parte el titulo de este comentario es una tontería tb. Claro que existe España, si no a quien le estais pidiendo Olivenza? jeje En fin, que plantear poco menos que una situacion de guerra civil en España o querer ver una yugoslavia aqui es tener ideas de derecha radical. Para tu información, creo que España se mantendra unida por mucho tiempo, quizás más de lo que tarde Madeiras en separse de Portugal.

Comentar post